sexta-feira, dezembro 16, 2011

Canção do absurdo



Encontro o vazio
Escondo-me do vizinho
Não escolho, fecho o olho
É no escuro que aprendo um pouco

E mesmo no silêncio
Do nada e do tudo
Vejo uma luz no fim do túnel
Mas é real? Possível?
Ou apenas um lindo sonho louco?

Hoje, busco por sorrisos
Boa companhia dos bons amigos
Talento pra compartilhar
Não de separar
Mas parada, é onde quero estar?

Onde está a confiança?
Ter mas não querer usar
Às vezes é melhor camuflar
Humildade no olhar
Largar as armas
O tempo irá julgar

Desculpe, estou cega
Não sei o que procuro
Já corri tanto, agora durmo
Mostre-me algo obtuso
Ou algo bonito, num sussurro
Abraço de urso
Pra me deitar, me render,
É tão oportuna a passividade do ser

Escondo-me na correria
A pressa ajuda a não perceber
Entender o que não consigo aprender
Vai saber!

O relógio não vai parar
Tic-tac, tic-tac...
Escolha agora, já
Pegar ou largar
Ninguém quer esperar

Por favor, espere!
Conheça mais um pouco
O viver pode ser tão valioso
Sem saber
Aprendo mais um pouco

Escuto até os loucos
Surpreendo-me na surpresa
O vazio pode ser tão gracioso
Tão gostoso
Agora me entendo mais um pouco
Não viver isso?
Isso sim é um absurdo.

Encontro-me no vazio do meu ser
Pra tentar te entender, me deixar preencher
Pode até demorar
Mas quero amar como um todo.

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