sexta-feira, julho 05, 2013

Amo assim, só pra mim


Amo, amo mesmo, não nego
Quando me apego, amo mesmo
Amo a tudo, a todos, trabalho, sem preconceito
De onde vim, pra onde olho, é o que vejo
É um olhar assim, um amor sem fim, amor pela vida
Amo a tudo que beijo, cheiro, toco, provoco
Se me faz sentir, é bom pra mim, não sufoco
Deixo fluir, se está bom assim, não tenho pressa

É por amor, um amor assim despretensioso
Assim gostoso, sem rancor, sem desfecho
Amo até a ideia de você amar por puro desejo

A prioridade, a minha verdade
É que amo mesmo a felicidade, a tua e a minha
Amo tanto, respeito um tanto, que não tem pranto
Não tem ciúme besta
Amo a sinceridade, a liberdade, a cumplicidade
Dormir juntinho, acordar devagarzinho, comer na mesa
Até quando não te vejo, se estiver bem, meu amor
Eu me contento com teu sorriso. Se me lembro, fico besta

Quero teu olhar iluminado, assim apaixonado
Amar sem medo
Renego tantas e tantas vezes só pra ver, amor,
Se me acalmo, pra tentar te amar um pouco menos

O conhecimento


“Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem-número de sistemas solares, havia uma vez um astro, onde animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da ‘história universal’; mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza, congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer – assim poderia alguém inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve eternidades em que ele não estava. Quando de novo ele tiver passado, nada terá acontecido, pois não há para aquele intelecto nenhuma missão mais vasta, que conduzisse além da vida humana. Ao contrário, ele é humano, e somente seu possuidor e genitor o toma tão pateticamente, como se os gonzos do mundo girassem nele. Contudo, se pudéssemos nos entender com a mosca, perceberíamos então que também ela bóia no ar com esse páthos e sente em si o centro voante do mundo”.
Friedrich Nietzsche, Obras Incompletas, Col. Os Pensadores

SURUBA GASTRONôMICA


Quem podia imaginar
Quem poderia
Que um cupuaçu assanhado
Ia se juntar a um jiló bem maduro
Para resultar neste casamento absurdo
Da modernidade com a posteridade

No meio de tamanho lapso de idade
Surgiu a terceira pessoa do casal recheado
Armando briga, discussão, e muita animação
Durante os encontros da Bixxcoito Promoções e Eventos
Era a última bolacha do Bixxcoito açucarado
A sobremesa que faltava

Depois, vários legumes tentaram roubar a posição
Da situação de esquerda
Uma batata proveniente de Boituva
Imigrante da Terra do Nunca
Pulou de pára-quedas na Belém paulistana
Fazendo de refém, se tornando a quarta pessoa do harém

A Bixxcoito resolveu viajar, se mudou
Escafedeu-se, perdeu-se no velho mundo
Então, uma menina super poderosa de cabelo ruivo
Entrou no circuito pra virar segunda esposa
Direto da Publicão para as festas na Trash 80’s
Acabou virando beterraba afoita no meio do tumulto
Que até clama pela terceira posição
Que a bixxcoito não abre mão

O que seria desse casal invejável
Sem o amor tão livre, tão ousado
Se não deixasse que outros sabores
Compartilhassem desta mesa farta
E dividissem a felicidade de criar o hortifruti das arábias

Não é todo mundo, contudo
Que merece entrar para essa família deliciosa,
Não tenha dúvidas
Podes até pegar sua senha
Sente-se
Pois nos primórdios da humanidade
Há exatos sete anos
Esperei muito, discuti muito em Vila Mariana
E fugi várias vezes para o Habib’s
Durante as feijoadas do chef Bruno
Pra fazer parte desse mundo.
Parabéns casal que faço parte pois amo muito!